quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Insano de mim mesmo

Tanta insanidade na cidade,
quantas torres rabiscam o céu,
a impotência da mocidade ja não é novidade
enquanto os corruptos engravatados arrancam o que é seu.

Então, me diz, Criador! O que faço eu, para recuperar o que é meu?
Todos os valores de mim tirados desde a infância,
Perdidos na insignificância.
Já não existem para aliviar a minha ânsia,
De lutar por uma causa sem distância,
Rabiscada na altura do céu.

Enquanto isso, Criador, para aliviar o meu temor,
Me recolho ao meu Eu interior,
Interpreto toda essa dor.
Descubro que a liberdade sonhada,
Sempre será sonhada,
Nas calçadas, abandonada,
Sem a pura inocência do amor.

Então, vou me conhecendo
E um feixe de luz utópico crescendo,
Iluminando toda a obscura insanidade
Do senso comum da sociedade,
Que na minha solidão vem se desfazendo.


Poema produzido pelo poeta Pedro Paulo.

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