quinta-feira, 25 de junho de 2009

Sozinho

Precisamos mudar a forma como enxergamos o mundo,
mentindo a si mesmo, faz de tua vida um mero enredo
Ainda que seja um vagabundo, encenando o seu tolo papel,
quebre as correntes, se torne único.
Pois os afluentes espalham o bem
do rio verdadeiro e vadio.
Vagabundo que sou como um rio.
Decalcando as veias pulsantes deste imenso Brasil
Em fluxo solitário,
Meu eterno vazio!
Mas sem compromisso nem satisfações,
me liberto dos grilhões e sigo o meu caminho
me compartilho com o mundo, como um rio...
Sozinho .

Noite nua

Perdeste teu medo do escuro ?
Parece atormentador.

Então podes tudo apagar;
Deixa que teu silêncio escute calado este barulho,
que já não te espanta mais.
Admirai a sinfonia grilante.

Na noite nua o escuro se desfaz...
Observai as estrelas nesse instante.

O isolamento

Ah, o isolamento! Ele é magnífico!
Alguns o sentem com forte ardor,
Como que uma recente ferida.
Vês quantas reflexões estás a fazer?
Das composições musicais sem pés nem cabeça,
até a solução pra fome no mundo e muito mais...
Encontraste as vestes perfeitas que lhe vestirão.
Reflete daqui como o mar
A lua contornada pela escuridão,
para saciar teu desejo de brilhar.

terça-feira, 2 de junho de 2009

1 e 1/4

Me fraciono e integro na paisagem,
descubro a essência bela da santidade,
que em cada detalhe mostra sua face
refletida na minha, que admira com coragem !

Mas o espelho parece obscuro...
Se não me enxergo eu, como enxergarei tudo ?
Se tudo sou, subtraio eu...
Deixando marcas no escuro !

Com o gosto excitado de um agito,
relembro tudo que teria dito.
Me incomoda o meu Eu fracionado,
parece que vivo apaixonado.
Mas apenas vivo... e deixo escrito .

Enquanto durou

Enquanto durou...
foram tuas as mais belas palavras,
que eternas guardei sem dizer
e talvez nunca as diga.

Nem eu sei o porque...
Minhas gargalhadas perdidas
e aquelas palavras floridas,
todas pra você !

Vai, minha amiga
continua com a tua indiferença amarga
que nem uma gargalhada alivia...

Mas, quem sabe, um dia ...
Teu beijo singelo se torne sincero
e tuas flores renasçam em minha poesia !

Sem título

Depois deste tempo não me reconheceste mais.
Mudei... e mudo continuo mudando !
Sou um fingidor, sem que me dê conta disso,
não sei se notou em meu cinismo;
é saudável e inocente, acreditai !
Caminhado sou pelo caminho...
desde que saí do ninho
tudo que é belo me distrai.
Mas sou sozinho ...
faz-me compreender muito mais,
assim como todo o passarinho,
que conquista os céus depois que cai.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Poeminha Insensato

Inquietação faz parte de meu dia.
Amor : Desespero.
Pois, há essa insuportável mania de amar...
Amar pessoas, bichos e amores.
E inquietar-se com o não amar.
Daí essa angústia maior que o mundo.
Mas, que fazer quando trata-se de amor?

O mundo é mudo.