terça-feira, 28 de julho de 2009

(In)decisão

A partir deste momento serei frio.
Frio!
Frio como noite de inverno.
Não terei sentimentos.
Não hei de ser terno.

Não haverá mais prazer.
Nada, jamais, irá doer.
Só verei o que quero ver.
Agora, só lembrarei de esquecer.

Serei seguro em minha decisões.
Serei implacável.
Comandarei legiões.
Em minhas regras não há exceções.

Mas eis que esqueço de esquecer.
E vejo o que parou de doer.
Pois, sinto o velho doer,
Quando lembro que não há mais prazer.

A partir deste momento serei quente!