quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Retrato de um apaixonado (pela vida)

Não sei o que significa minha existência.
Não sei ser. Só sei existir sem saber.
Sou oposto ao meu ser. Sou extremo.
Vejo pessoas ao meu redor e não me sinto parecido com nehuma delas.
Me sinto atraído por todas elas.
Então vem o medo. E esquivo-me da vida.
E do medo nasce a dúvida.
E da dúvida a vontade.
Sinto. Desejo. Espero.
Quando finalmente consigo dialogar com minha alma,
Sinto-me fora de mim.
Como se não fosse eu, percebo que lúcido não notaria.
Então volta o medo. E do medo o desejo.
Paro no mundo. Me estrago por dentro.
Me livro na mente e a mente me foge.
Acabado, reflito.
O que sou?
Apenas um observador fascinado e perdido.

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